Atualmente a presença online já é um requisito básico para qualquer empresa. Com isso, muitas querem se destacar das demais com sites mirabolantes ou diferenciados. No entanto, no processo de fazer algo diferenciado, muitos erros básicos acabam passando despercebidos.

Na execução do site, grande parte dos designers têm como maior preocupação a aparência do produto final. Nesse processo, acabam deixando de lado fatores importantes que, quando publicado, podem dificultar a usabilidade pelos usuários. Confira alguns dos erros mais comuns praticados na construção do site:

Problema de legibilidade

A legibilidade, diferente do que muitos pensam, não se trata apenas de as fontes estarem visíveis, vários fatores também influenciam, como a hierarquia de títulos: títulos com tamanhos bem definidos ajudam o usuário a navegar de forma mais direta no seu site. Enquanto um texto extenso e sem um título nitidamente destacado pode assustar os usuários. Quando você trabalha com a hierarquia de forma correta, o usuário consegue facilmente identificar o que está procurando, e isso o retém.

Outra preocupação no que diz respeito à hierarquia textual, é que os robôs que indexam o seu site nos buscadores, como o Google, também leem esses títulos e usam isso para pontuar o seu site.

Outro importante fator de legibilidade é em relação ao contraste das cores. Um exemplo que tem se tornado comum é o uso de cores pastéis em todo o site. O baixo contraste dessas cores, se usado de forma errada, pode dificultar que o seu usuário encontre links ou botões importantes, além de também atrapalhar a usabilidade para pessoas com algum grau de daltonismo.

Layout confuso

Muitas vezes o designer e/ou o cliente tem tantas ideias que acaba querendo colocar todas no site. Isso pode trazer diversos problemas: conteúdo em excesso, falta de hierarquia entre as sessões, dificuldade para achar os itens.

No entanto, muitas vezes essa quantidade de conteúdo é necessária e, nesses casos, é preciso tomar cuidado na hora de organizar o layout. Um importante artifício que ajuda nessas situações é o uso de espaço em branco. Muitas vezes subestimados, o uso de áreas em branco no site são um elemento de grande importância. Com ele você consegue áreas de respiro no site, tirar o excesso de conteúdo e deixar o seu usuário mais confortável.

Outro artifício que é de grande ajuda nesses casos é, de novo, uma hierarquia de títulos bem definida, para ajudar o leitor a se localizar no meio de todos aqueles textos e imagens.

Falta de navegabilidade

Outro erro muito comum de acontecer é, na hora de planejar o produto, não pensar em como funcionará a navegação. Não adianta ter um site completo, com páginas bonitas e bem organizadas, se o usuário tiver dificuldade para chegar nelas.

Algumas formas de melhorar a navegação de um site é com o uso do sticky menu (menu pegajoso), que é o menu que acompanha toda a rolagem das páginas. Também é interessante, principalmente em sites com navegação mais complexa, trabalhar o sitemap no rodapé das páginas, destrinchando o menu para que a pessoa consiga localizar qual página ela irá.

Tão importante quanto o usuário conseguir ir para a página desejada, é saber onde ele está e como voltar para a página anterior, o que torna muito útil o uso dos breadcrumbs.

Outra forma interessante de melhorar a navegabilidade do site é você mesmo guiar o seu visitante. Isso pode ser feito através dos botões CTA (call to action /chamada para ação). Com eles você consegue indicar um próximo caminho para o seu usuário ir a cada sessão do site, para saber mais sobre o assunto ou mesmo para seguir um caminho do seu interesse no site.

Escolha errada de usuário

Incrivelmente, o erro mais cometido entre designers e desenvolvedores é fazer o site com o foco na persona errada. Muitas vezes o site é feito para agradar o gosto do contratante, e por vezes, mesmo quando fazem algo planejado, visando aqueles que irão de fato usar o site, os desenvolvedores acabam cedendo na primeira leva de alterações que o cliente pede.

O grande problema disso é que o site pode ficar perfeito para o cliente, mas em raríssimos casos será ele quem irá navegar no site. E, com isso, o usuário final acaba sendo esquecido e pode ter péssimas experiências quando vai navegar.

Um exemplo disso pode ser uma situação em que um cliente mais jovem quer algo moderno, um site com fundo escuro, letras pequenas para deixar o layout “mais limpo”, vários efeitos… E o público alvo daquele site pode ser pessoas mais velhas, com dificuldade de leitura, e que acabam não conseguindo absorver bem as informações, acarretando em uma péssima experiência e um produto que pode não dar retorno.

Antes de iniciar a execução do site, é importante que o responsável entenda quem será o usuário, faça pesquisas, entrevistas, certifique-se de que aquele produto dará uma boa experiência, para manter a pessoa no site e fazer com que ela se torne uma conversão de sucesso (preencha formulário, entre em contato, assine a newsletter…).

O que pode ser um obstáculo grande na hora de construir o produto focado no usuário, muitas vezes é o próprio contratador, que dá prioridade para o seu gosto pessoal e ignora que não é ele quem precisará acessar o site. Nessas situações, é importante que o responsável por executar o projeto tenha jogo de cintura e argumentos sólidos para convencer o seu cliente do que é o mais importante.

Possuem mais erros?

São diversos os erros que estamos sujeitos a cometer mesmo nos projetos mais básicos. Por isso é importante que qualquer profissional que trabalhe com tecnologia sempre mantenha os seus estudos atualizados, se aprofunde e entenda ao máximo o que está envolvido no seu trabalho, para conseguir alcançar resultados cada vez melhores.

Fonte: Aela | Evonline